quinta-feira, 24 de maio de 2012

Imagine o mundo sem religiões...

Sabem aquela música do Beatles, que fala "imagina um mundo sem religião"? E então eu comecei a imaginar... E fui escrevendo nestas palavras como eu descreveria um mundo sem religião...Imagine um mundo com 10 vezes mais roubos, assaltos, assassinatos (isso, a igreja tá cheia de pessoas que encontram um apoio para não cometer essas atrocidades)... Isso na melhor das hipóteses, imagine um mundo sem os cientistas do ano 1000, sem arquitetura medieval ( sem aquelas igrejas lindas, seria triste também pros apreciadores de arte) com doentes de todos os tipos morrendo (inclusive os que possuem doenças psicológicas)... Imagine um mundo com menos caridade (qualquer porção já mataria pessoas de fome)... Imagine um mundo sem esperança, sem força. Imagine um mundo sem uma mão amiga. Imagina o mundo sem Deus fazendo-se presente em nossas atitudes? Muita gente procura erros na religião católica, e expande isso... Porém, se pesquisarmos profundamente os aspectos políticos e sociais da Idade Média, a coisa seria bem diferente. Vamos acreditar mais no que vemos em livros, em história, e menos em comentários avulsos.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Por que Deus não me ouve?

Fugindo um pouco do meu lado Economista... rsrs... É muito comum as pessoas se "decepcionarem" ao pedir algo a Deus e não terem seus pedidos realizados. Em muitos casos, as pessoas passam anos com alguma doença séria, uma perda lastimável, uma situação financeira complicada ou até problemas amorosos que não se resolvem.

Lembro-me de um senhor da igreja na qual participo, que passou um bom tempo (alguns anos) pedindo a Cristo, pedindo a intersessão de Maria, dos anjos, dos santos e tudo mais, para que seu filho mudasse de vida e nada acontecia. Isso era tudo que esse senhor queria! Esse senhor passou por um problema sério de saúde e veio a faleceu. Algum tempo depois esse jovem apareceu na igreja e hoje está com uma vida totalmente diferente, como se as preces de seu pai tivessem sido atendidas, pois ele nunca desistiu do seu filho!

Cristo, sabendo de sua própria profecia, tempos antes de morrer, pedia para que Deus mostrasse aos fariseus que ele era realmente o filho de Deus! E Deus o ouviu? Sim, mas não respondeu no tempo que Jesus achava ser o certo. E mesmo assim, mesmo Deus não dando respostas às imensas súplicas de Cristo, inclusive em sua caminhada no Calvário, Jesus não negou a sua fé! O que aconteceu todos nós sabemos... Logo quando Jesus morreu, os fariseus comprovaram ser este Jesus, o Cristo filho de Deus!

Muitos de nós achamos que DEVEMOS ser atendidos da forma que queremos por Deus! E que para isto basta ter fé. Mas não basta ter fé, pois a fé sem obras é morta! Não adianta pedir a Deus pra passar no vestibular e passar o dia sem estudar! Não adianta pedir uma pessoa fiel e ficar esperando essa pessoa bater na sua porta com flores! Não adianta pedir um emprego e ficar em casa assistindo novela/futebol na esperança que o telefone toque.

E aquelas pessoas que são ricas e felizes, e não tem fé nenhuma? Primeiramente... Será mesmo que elas são felizes? Quantas pessoas ricas são viciadas em drogas, tem insônia, depressão, não possuem amigos, etc e etc? Outra coisa, Jesus diz que crer nele levará a riqueza FINANCEIRA ou a riqueza ESPIRITUAL? Esse é apenas um alerta para os iludidos pelas falsas doutrinas modernas! Cuidado com o que os pregadores te "ensinam"!

Mas o que será que nos falta? Paciência? Fé?
Muitas pessoas na Igreja (católica) que participo tem a vida transformada. Mas elas não ficam apenas de joelho na frente de uma imagem com um monte de velas ao redor, nem passam o dia todo dentro da igreja. Além das orações, das missas (semanais), essas pessoas ajudam os outros, levam uma vida tentando ser fiéis aos mandamentos... Você está seguindo/tentando seguir os mandamentos? Tem orado com frequência? Tem ido à missa receber o corpo de Cristo? Tem ajudo às pessoas? Tem parado de ser egoísta e rezado pelas outras pessoas? Tem dado mais valor ao AGRADECER do que ao PEDIR?

Bom, não quero que isso pareça uma espécia de tutorial de "como receber o que se pede", pois Deus tem que ser buscado EM SI, e não pelo que ele pode nos OFERECER. Então comece agradecendo a Cristo, mesmo com os imensos problemas que você tem... Eu não sei quais são esses problemas, talvez você esteja até procurando "poxa, e o que tem de bom na minha vida?", mas agradeça pelo que ele fez por todos nós, muito antes de termos nascido, e pelo que está reservado para nós... Não nessa pequenez do tempo humano, mas na imensidão da eternidade. Basta lutar até o fim e nunca desistir de acreditar em Deus! Amém.

quinta-feira, 1 de março de 2012

O MEU ESTRESSE POLÍTICO...

O estado da Paraíba parece atrasado psicologicamente. Vemos um sistema político que continua sendo avaliado a partir do "clientelismo" e dos privilégios a determinadas classes.

O atual governo (e espero que continue sendo atual por muitos anos) trouxe uma nova concepção ideológica de fazer política. Não uma ideologia propriamente dita, mas sim uma forma de tratar o ser humano como alguém capaz de EVOLUIR. Sim, o Ricardo Coutinho não mostrou-se adepto do favorecimento (alguns estranhamente dizem que ele favorece as empresas de ônibus), mas sim do desenvolvimento. Trata-se de uma forma clara de enxergar os problemas do nosso estado. O atraso econômico, principalmente, deve-se em grande parte ao atraso educacional e profissional. Não temos mão-de-obra qualificada. Então o que o governo PARECE fazer? Investir em ensino técnico e profissionalizante.

Não adianta colocar milhões de pessoas na universidade para consumirem recursos em demasia e promoverem retornos escassos para a sociedade. É preciso QUALIFICAR. E qualificar de forma mais vantajosa, aproveitando os recursos e as possibilidades produtivas do estado (que também são escassas). Daí vem um segundo ponto.

Como atrair investimentos? Como atrair capitais de regiões mais produtivas, como Sudeste e Sul? Quais recursos serão necessários para modernizarmos nossa infra-estrutura e segurança para o investimento?

Com o fim do clientelismo dos governos passados, dos favorecimentos políticos, é tempo de utilizar tais recursos, antes perdidos, para o desenvolvimento. Portanto, enquanto alguns reclamam de barriga cheia, o filho de dona Maria lá do brejo vibra de alegria ao saber dos novos empregos vindos de empresas a serem instaladas aqui no estado. E assim, seus irmãos vão poder colocar algo em suas barrigas secas.

Logo, em vez de reclamar porque o governo não aumenta demasiadamente os salários nem bonifica trabalhadores de forma desnecessária, deveríamos elogiar a atitude desse governador que busca equidade fiscal aliada ao aumento de empregos, principalmente dos cidadãos menos lembrados: os pobres.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Comentário acerca do ateísmo e sua relação com a rebeldia juvenil e a luta de classes.

Normalmente a crença religiosa é vista como uma manipulação psicológica, adivinda geralmente por um ou vários fenômenos atípicos na vida do indivíduo crente. Tais fenômenos são descritos como sobrenaturais, miraculosos e originados por uma força superior à todas as outras forças.

A concepção ateísta, digo até, uma concepção bastante corajosa por sinal, pois é a negação de uma negação, não fica muito atrás dessa "manipulação psicológica". Muitas pessoas, adeptas ou não da teoria marxiana, que em algum momento da vida se depararam com essa incógnita sobre a "dominação" religiosa ou a crença em algo "mitológico", têm uma base teórica ou empírica relacionada a essa vontade intrínseca de ser dono do seu próprio nariz. Qual adolescente nunca pensou ou fugiu de casa em um momento da vida? Essa rebeldia pode também ser aprisionada quando se é OBRIGADO a aceitar alguma doutrina ou dogma religioso. Nesse caso, a dúvida universal voltará anos mais tarde, de forma até mais intensa, como no caso do grande Dan Baker, ex-pastor protestante. Isso não implica, obviamente, quebra de livre-arbítrio, pois até hoje eu busco entender minha fé e Deus ainda não me matou.

Então, qual o meu referencial teórico para tais afirmações? Bom, já li Karl Marx (até um pouco demais), Hilferding, Rosa de Luxemburgo, entre outros. Mas meu referencial é bem mais empírico. Quase todos os conhecidos que fizeram parte de grupos sindicais ou de movimento revolucionário são ateus ou agnósticos. É como se a entidade Igreja deixasse de ser uma forma de apoio social, restringindo-o exclusivamente ao Estado. Mas o Estado cumpre seu papel com eficiência? O Estado serve a população promovendo melhoria do bem-estar coletivo? Atribuí-se muito à Igreja a causa de atraso e dos problemas sociais, como se ela não fosse amenizadora disso tudo! Nesse aspecto existe até certa hipocrisia, visto que muitos destes pseudo-revolucionários não movem um dedo para ajudar o próximo, apenas escrevem artigos pouco mobilizadores ou apenas críticos, sem soluções concretas.

Engraçado que muitos criticam as lutas medievais entre as religiões (eu também não concordo com estas) mas são a favor da luta por um ideal socialista antiquado, onde a quase operária (bem) vence "no braço" a classe gerenciadora (mal). Ou seja, Marx não queria ninguém mandando nele, mas queria operários mandando nos outros, desprezando simplesmente o Lupen proletariado. Não existe apenas um trabalhador que ganha pouco. Se olharmos bem, existe pessoas que não trabalham, que passam fome, que não têm condições de inserção na sociedade.

Acredito que sem o ateísmo, a fé dos cristãos seria bastante relaxada. Até porque a negação veio também de grandes gênios da física, química e matemática que viram a necessidade de uma busca interna por algo que transcendesse tudo que eles podessem imaginar, mesmo que ao final, no desconhecido material encontrassem um Deus.

Se chega um líder revolucionário pra você e diz que o Vaticano é rico, poderia acabar com a fome, o Papa come com talheres de ouro e blá blá blá, talvez você iria dizer "ele tem razão", mas dificilmente iria procurar na Folha de São Paulo ou em outros jornais ou artigos que o Vaticano tem elevados déficits fiscais por anos consecutivos, mas que nem porisso deixa de ajudar milhões de crianças abandonadas, AIDéticos, pobres na África, etc. É tudo uma questão de ponto de vista e de quem realmente manipula mentes. Se seu ponto de vista for de cima pra baixo, Deus será com letra minúscula sim, mas se você olhar do ponto de vista de um simples mortal, como todos os 7 bilhões do mundo, e quiçá de outros planetas, a tua humildade irá revelar algo que nenhuma teoria das cordas ou da retórica é capaz de explicar. Então, busque além de suas fronteiras céticas, busque além das fronteiras do positivismo lógico.

Atenciosamente, um simples ser humano.

sábado, 14 de janeiro de 2012

"América Latina" do "Terceiro Mundo"...

"O terceiro sexo, a terceira guerra e o terceiro mundo são tão difíceis de entender..." (Engenheiros do Hawaii)

Estou lendo um livro muito interessante do Roberto Campos, o Além do Cotidiano. Nele o autor faz previsões na década de 80 de fatos que estão acontecendo atualmente. Dizem que os economistas erram previsões, mas creio que as errem apenas quando utilizam modelos matemáticos em excesso. O que o economista, teólogo, filósofo, e etc. toma como um ponto importantíssimo a destacar é a utilização demasiada de expressões tachativas, tais como as citadas no título deste texto.

A respeito da América Latina, são países com características econômicas e sociais diferentes, com processo de colonização não homogêneo, e que vem experimentando ideologias diferentes... Porém, o ponto central é a denominação de Terceiro Mundo. Brilhantemente o autor refere-se a este enfoque, mesmo para os anos 80, onde os países latinos ainda não tinham tanta representatividade econômica como no contexto atual. Para o autor, é exagero essa classificação, pois assim deveriam existir ainda um Quarto Mundo, pois há um grau abaixo de desenvolvimento que jogaram dentro dessa quassificação de Terceiro Mundismo.

Na minha opinião é como separar ateus e agnósticos, cristão fundamentalista e tradicionalista, porque é tudo uma confusão muito grande. E são as desigualdades dos países que promovem isso... Se você olhar pro Sudeste do Brasil, verá um Primeiro Mundo (em termos econômicos), no geral o Brasil é "a periferia do Terceiro Mundo", expressão do R. Campos.

Temos uma infra-estrutura econômica precária e uma estrutura social precaríssima! Utilizar esses termos tachativos é bom quando se quer utilizar o "culpismo", muito bem exposto por Gianetti (2011) como forma de explicar o atraso econômico, já que dizer "somos pobres porque os EUA são ricos" é muito coerente do ponto de vista de um revoltado, mas talvez antes da década de 80 o protecionismo, o medo da tecnologia, do novo, dos investimentos internos, pode ter promovido o aumento do nosso atraso tecnológico. O medo foi nosso atraso, bem mais do que o imperialismo. Realmente, o terceiro mundo é difícil de entender... E Terceiro Mundo não indica pobreza, indica apenas os que chegaram atrasados na festa e não souberam aproveitar.