segunda-feira, 11 de abril de 2011

O GLOBALISMO SERIA UM NOVO SISTEMA ECONÔMICO?


Muitos economistas marxistas e afins consideram que o capitalismo evolui de forma intensa, aumentando as contradições do próprio sistema. Tais contradições levariam o sistema ao colapso, contribuindo para a transição a um novo modo de produção, o socialismo. Este seria, como o próprio nome diz, um sistema onde o respeito e a igualdade seriam as principais virtudes. Porém, antes do advento socialista, é importante tentar situar o atual sistema capitalista em uma etapa avançada, onde não mais o capital comercial, estatal, industrial ou financeiro ditam as regras, mas sim um capital globalizado, unificado, cujas características vão além das mudanças sociais e políticas.

O "Globalismo", como denomino, seria um sistema diferente do próprio Capitalismo, pois mesmo sendo impulsionado pelo lucro, as questões empresariais ligadas às externalidades e as relações contratuais seriam tratadas com devida importância. Desse modo, as questões ambientais e de melhoria do ambiente de trabalho e do relacionamento entre os  denominados "colaboradores" seria peça chave para a melhoria empresarial.

Não querendo esquecer a teoria, o Capitalismo tem como uma das características principais a busca pela lucro, logo, um Sistema Econômico onde o lucro continua a ser o motor de propulsão não seria diferente do Capitalismo. Talvez seria mais coerente, à princípio, considerar o Globalismo como uma etapa avançada do Capitalismo. Uma etapa cuja característica principal é tentar inutilmente vencer as próprias contradições do Capitalismo.

A globalização, terminologia adotada a alguns tempo, já no século XX, ironicamente, não englobaria todo o Globalismo. Os mercados atuais estão unidos de forma intensa, a exemplo das Bolsas de Valores, onde a internet e os programas desenvolvidos em várias partes do mundo tem papel importantíssimo nas tomadas de decisões especulativas. Ademais, aspectos de conscientização cultural, ambiental e humanista começam a dar os primeiros passos, embora o mundo continue a manter-se na fase do Capitalismo Financeiro, onde muitos detém capital em forma de ações, mas poucos gerenciam, onde muitos participação das grandes marcas, sem perceber a concentração cada vez maior destas nas mãos de poucos e claro, da produção internacionalizada, onde seu "quintal" não é mais limite para a sua empresa.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

O QUE É INFLAÇÃO?


Bom, entender um fenômeno dito "monetário" por uns, dito "fiscal" por outros é bastante complicado, pois a causa dele é em si um mistério. O conceito mais amplamente aceito é que a inflação é um fenômeno cuja causa é puramente monetária, pois a moeda, como um recurso "escasso" em determinados momentos, ocasiona a elevação de seu preço. "Como assim, a moeda aumenta de preço? Mas eu nem pago por isso!" Alguns devem pensar que não pagam pelo aumento da inflação, mas no Brasil é assim: a sociedade em si, paga pelo processo inflacionário... Quer dizer, os mais pobres pagam.

Isto porque os detentores de maior nível de renda podem adiquirir papéis do governo que podem ser trocados por dinheiro em curto prazo (no dia seguinte) e que rendem juros (que eles chamam de overnight), ou seja, há uma "quase-moeda" que pode ser adiquirida por quem tem dinheiro, e não um pobre qualquer! Logo, enquanto alguns buscam refúgio nos títulos de curtíssimo prazo do governo, outros são corroídos pela infla(ma)ção.

Mas voltando ao que importa... O que causa a inflação? Como alguns professores dizem, é causada pelo aumento no preço da moeda... Como assim? Um exemplo. No início da década de 90 havia uma grande liquidez internacional, ou seja, muita moeda de outros países circulando, em especial, o nosso amado dólar americano. Essa moeda toda buscava lugares onde podesse especular, digo, investir. Uma boa opção era comprar títulos do governo brasileiro que oferecia atraentes taxas de juros. Isso causava pressão na moeda da época, causando valorização externa da moeda brasileira, ou seja, tinha muita gente querendo se livrar do excesso de moeda estrangeira, o que terminava desvalorizando o dólar.

Tal valorização do real foi fundamental para o início da ANCORAGEM CAMBIAL com uma valorização fortíssima do real ao longo da década de 90 (Porisso coloquei a foto de uma âncora) e consequentemente, para acabar com o processo inflacionário no Brasil.. ALELUIA! Depois de uma infinidade de planos, como  Bresser, Feijão com Arroz, Cruzado I e II, Cruzadinho, Collor, etc. o Brasil vai se livrando dessa maldita febre inflacionária... Como tem muito a falar, só vou dizer o final da história, se alguém tiver dúvida, pergunta aí, que se eu não souber responder, pergunto ao professor.. kkkkk..

Bom, com a valorização do real, as mercadorias importadas chegavam em grande quantidade, elevando a concorrência, reduzindo a ineficiência da indústria brasileira, reduzindo pobreza, elevando desemprego, elevando o déficit no balanço de pagamentos, reduzindo o PIB e, por fim, fazendo nossas empresas públicas reféns dos estrangeiros. Isso porque ninguém discutia melhoria da gestão pública, e partiam logo pra IGNORÂNCIA da continuidade da privatização com o FHC, mas isso é questão pra outros textos, até mais, espero críticas e debates!