segunda-feira, 3 de março de 2025

O filme Ainda Estou Aqui ganhou Oscar e Globo de Ouro, e os criminosos aplaudem de pé!

 


A Necessária Reação Militar: Como o Brasil Foi Salvo do Comunismo Revolucionário

Introdução

O Regime Militar brasileiro (1964-1985) representou uma resposta necessária e inevitável diante de uma ameaça real à soberania nacional. Este artigo defende que as Forças Armadas agiram de modo preventivo para impedir que o Brasil sucumbisse a uma revolução comunista que estava sendo ativamente preparada com apoio internacional. As comparações com ameaças contemporâneas como o crime organizado e situações de violência iminente ajudam a compreender a legitimidade da intervenção militar.

A Ameaça Comunista Real e Iminente

Assim como seria impensável hoje "deixar o PCC e o Comando Vermelho se estruturarem mais porque não têm apoio do povo", permitindo que as forças de segurança permanecessem inertes enquanto esses grupos tomam conta do país, seria igualmente irresponsável ignorar a ameaça revolucionária que se formava nos anos 1960.

Os documentos históricos, como apontado pelo Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra em "A Verdade Sufocada", comprovam que grupos revolucionários brasileiros recebiam treinamento armado e financiamento direto de Cuba e da União Soviética. Manuais de guerrilha apreendidos do MR-8 e da ALN orientavam táticas de terror urbano, sequestros e assassinatos de autoridades.

O presidente João Goulart, em sua ingenuidade ou conivência, subestimava essa ameaça, enquanto figuras como Leonel Brizola "colocavam lenha na fogueira", incitando a resistência armada. Goulart "não faria a menor questão de manter o país fora do âmbito socialista", sendo ele próprio um simpatizante do modelo que havia destruído a liberdade em Cuba.

A Preventividade Necessária

Como impedir um estupro sem imobilizar o agressor? Certamente não com diálogo. Esta analogia ilustra perfeitamente a situação enfrentada pelos militares em 1964. As Forças Armadas, cientes do perigo representado pelos movimentos revolucionários, não podiam esperar que a violência comunista se instaurasse para só então reagir.

A experiência da Intentona Comunista de 1935 já havia demonstrado que os comunistas utilizavam as "eleições livres" e a "democracia" apenas como instrumentos para alcançar o poder. Os militares, conhecedores dessa estratégia, "sabiam muito bem onde estavam se metendo" e não tinham tempo para aguardar que a "utopia socialista causasse mortes e tragédias no país".

O Caso Rubens Paiva: Cumplicidade com o Terrorismo

Rubens Paiva, frequentemente apresentado como vítima inocente da repressão, era na realidade um obstáculo ao trabalho das forças de segurança na contenção do terrorismo revolucionário. Sua proximidade com Leonel Brizola e sua atuação como presidente da CPI do Financiamento Estrangeiro (1962) demonstram seu alinhamento com setores que buscavam desestabilizar as instituições brasileiras.

Embora não empunhasse armas pessoalmente, Paiva integrava uma rede de apoio logístico a perseguidos políticos, muitos dos quais eram membros de organizações guerrilheiras. Ao atrapalhar o trabalho dos militares, acabava se tornando cúmplice dos terroristas que ameaçavam a ordem nacional.

O Apoio Popular ao Regime Militar

A narrativa de que o regime carecia de apoio popular é desmentida pelas massivas Marchas da Família com Deus pela Liberdade, que reuniram milhões de brasileiros nas principais cidades do país. Essas manifestações evidenciavam o clamor da sociedade por ordem e estabilidade diante do caos institucional e econômico que se instalava no governo Goulart.

Assim como hoje a população clama por segurança contra o crime organizado, naquela época os brasileiros exigiam proteção contra a ameaça comunista que se avizinhava. O argumento de que a esquerda "não representava ameaça" por "não ter apoio popular" ignora que movimentos revolucionários historicamente não dependem de apoio majoritário para impor regimes de terror.

A Brutalidade dos Revolucionários

Enquanto se fala muito sobre os excessos cometidos por alguns militares, pouco se discute sobre a violência brutal praticada pelos grupos revolucionários. Organizações como a VAR-Palmares e a ALN realizavam "justiçamentos" (execuções sumárias) de dissidentes, mantinham prisões clandestinas e aplicavam tortura psicológica a suspeitos de traição.

O ataque ao Quartel de Quitaúna (1970) resultou na morte de soldados que apenas cumpriam seu dever, demonstrando que os revolucionários não hesitavam em derramar sangue para alcançar seus objetivos. Em guerra, como argumentou Ustra, "não há regras de cavalheirismo".

A Falsa Liberdade de Expressão

Os que defendem que o regime suprimiu a "liberdade de expressão" ignoram que o tipo de liberdade defendido pelos revolucionários era comparável à "liberdade" de funkeiros criarem músicas "denegrindo a polícia e fazendo apologia ao crime organizado, ao PCC e ao Comando Vermelho". Não se tratava de defender ideias diferentes, mas de promover a subversão da ordem e a glorificação da violência revolucionária.

Conclusão

O Regime Militar, apesar de seus reconhecidos exageros pontuais, representou uma reação necessária a uma ameaça concreta à soberania nacional. Assim como não se combate o Estado Islâmico "com flores nos canhões enquanto os terroristas queimam crianças vivas em jaulas", não seria possível deter a revolução comunista em gestação no Brasil sem medidas firmes e decisivas.

A história demonstra que, sem a intervenção militar de 1964, o Brasil poderia ter seguido o caminho de Cuba, Venezuela ou Nicarágua – países onde a utopia socialista se converteu em ditaduras opressivas. As Forças Armadas cumpriram seu papel constitucional de garantir a lei e a ordem, salvando o país de um destino potencialmente catastrófico.

Os excessos cometidos durante o regime, embora lamentáveis, não podem servir para deslegitimar a ação preventiva que impediu a implementação de um projeto totalitário no Brasil. Como em qualquer conflito, houve vítimas de ambos os lados, mas o saldo final foi a preservação da soberania nacional e a eventual transição para uma democracia estável.

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domingo, 24 de julho de 2016

A ORIGEM DA MENTALIDADE SOCIALISTA

É comum buscarmos algum tipo de explicação material que justifique a forma como os amantes do socialismo se doam em prol da sua suposta "causa nobre". Porém, há uma aspecto muito mais profundo e poucas vezes mencionado: toda as sandices imaginadas pelos "ideólogos" socialistas possuem origem em suas próprias frustrações espirituais e consequentes sentimentos de culpa e remorso.

“O poeta Stephen Spender, após romper com o Partido Comunista, já havia admitido que o que conduzia os intelectuais ocidentais à paixão por ideologias contrárias à própria liberdade de que desfrutavam era o sentimento de culpa e o desejo de livrar-se dele a baixo preço.”* 

Quando Engels sente-se frustrado ao ver os operários das fábricas de seus pais sofrendo com cargas elevadas de trabalho, não é o sentimento de compaixão, a caridade, ou mesmo um sentimento fraternal que o conduz a tentar acabar com aquela situação, mas sim o seu próprio posto de filho burguês cercado do conforto material e afastado do sacrifício e da penitência religiosa. Na vã tentativa de acabar com sua própria culpa, quer agora conduzir os trabalhadores a terem uma vida minimamente tão materialista quanto a sua. Por esse meio, o socialismo promete a todo custo (dos outros) acabar com as desigualdades. 

"Hipnotizada pela lógica do desejo, que não enxerga cura para os males se não na busca de mais satisfações e mais liberdade, como poderia ela descobrir que seu problema não é falta de bens ou prazeres, mas falta de deveres e sacrifícios que restaurem o sentido da vida e a integridade da alma?”* 

O mais famoso intelectual da esquerda revolucionária, o Moses Mordecai MarxLevy (popularmente conhecido como Karl Marx), ao declarar uma guerra pessoal a Deus na juventude, adquire o mesmo sentimento de culpa que o Engels, intensificado após casar-se com a filha de um rico barão. O jovem Marx mantinha uma vida intensamente entregue ao vício da bebida e, posteriormente, à defesa da "justiça proletária". Esses meios não são, assim como ocorreu com Engels, uma forma de caridade ou empatia pelo pobre, mas sim formas de buscar acalmar o vazio existencial e o sentimento de culpa. Tal vazio torna-se ainda mais compreensível quando, já em idade avançada, se diz arrependido por ter declarado uma guerra pessoal a Deus em sua vida, mas que está conformado que irá para o inferno. 

“Não é preciso dizer que a adesão ao ersatz revolucionário e socialista,sendo na base uma farsa neurótica, não alivia as culpas de maneira alguma, mas as recalca ainda mais fundo no inconsciente, onde se tornam tanto mais explosivas e letais quanto mais encobertas por um discurso de autobeatificação ideológica (Marilena Chauí sonhava em “viver sem culpas”; o sr. Luiz Inácio Lula da Silva admite modestamente ter realizado esse ideal). O ódio ao sistema — com sua expressão mais típica hoje em dia, o antiamericanismo — cresce na medida mesma em que a ilusão auto lisonjeira da pureza de intenções induz cada um a sujar-se cada vez mais na cumplicidade com a corrupção e os crimes do partido revolucionário.”* 

Trata-se, portanto, de uma causa social oriunda de um problema interno. Não deve ser entendido basicamente como a ignorância da economia ou a ignorância da racionalidade. É um sério problema psicológico de origem ainda mais profunda que a simples busca pela liderança da mentalidade através do totalitarismo e do empobrecimento. Essas tendências tradicionais da "vitória" socialista são meros resultados de querer levar o materialismo aos mais íntimos aspectos de nossa vida.

*Citações do Olavo de Carvalho.

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

A ESCRAVIDÃO CAPITALISTA


         Mesmo depois de dois séculos de capitalismo, ainda é preservada uma mentalidade bastante comum na história da economia. Tal ideia possui raízes na insatisfação com o trabalho e na "exploração" capitalista. Se antes era uma preocupação referente à escravidão, hoje é referente às jornadas superiores a nove ou oito horas de trabalho e aos salários que não permitem a compra de automóveis caros e roupas de grife.

         O capitalismo foi uma marco importantíssimo para a redução da jornada de trabalho. Não foram exclusivamente pressões sindicais ou movimentos grevistas que fizeram o salário do trabalhador aumentar ou a sua jornada de trabalho diminuir. Se antes as pessoas eram escravizadas e passavam a vida toda (enquanto não recebiam a carta de alforria ou não morriam) trabalhando para imperadores, senhores e ditadores, o contrato de trabalho passa a ser, com o advento do capitalismo, uma negociação e não uma imposição. Como greves ou pressões sindicais poderiam gerar resultados tão significativos, já que "existia um exército industrial de reserva elevadíssimo"? Isso só seria possível em um sistema onde a grande maioria das pessoas estivesse empregada e onde a produtividade fosse tal que permitisse a elevação da massa salarial sem prejuízo geral das empresas ou inflação descontrolada. Esse sistema foi o capitalismo. A melhoria nos lucros, a agilidade para produzir com novas máquinas, o aumento de pessoas começando um próprio negócio para concorrer com outras e deixando de depender de um patrão, a criação de novos mercados geradores de mais comodidade e menos consumo de tempo, e tudo o mais que você possa imaginar com relação à eficiência, trouxe uma gradativa possibilidade de reduzir o tempo dedicado ao trabalho, no aumento do tempo disponível para lazer, e na redução dos preços em decorrência do menor suor gasto para se produzir, pois as novas técnicas e as máquinas faziam uma boa parte do trabalho.

         Após dois séculos de melhoras consideráveis e uma jornada que hoje chega a seis horas em algumas fábricas com um salário razoável, o velho e irracional mito do "capitalismo escravizador" continua a soar em nossos ouvidos. Como um sistema gerador de economia de tempo pode escravizar? É como dizer que o ventilador surgiu para causar desemprego dos escravos que abanavam suas amas com grandes leques, esquecendo-se de que os ventiladores precisaram ser criados por mãos de trabalhadores. Seria um pensamento timidamente socialista dizer que os ventiladores foram criados magicamente por deuses chamados Máquinas e que caíram de nuvens para causar desemprego massivo... mas iremos nos abster dessas teorias "maquinofóbicas".

         Com a crise de 29 e o advento do receituário intervencionista keynesiano, as reduções progressivas no tempo de trabalho começaram a crescer a taxas bem menores. Em 1847 as jornadas eram de dez horas por dia, e já em 1919 as jornadas foram estabelecidas em oito horas por dia, de acordo com as diretrizes da Organização Internacional do Trabalho. Um questionamento que se pode fazer é a naturalidade com que vemos empresas expandindo desesperadamente as jornadas de trabalho para além das conquistas dos trabalhadores conseguidas até o início do século XX. O que levou a esse retorno em vários setores? A própria expansão do Estado sufocando cada vez mais o setor privado. É comum vermos empresas que fazem de tudo para não verem seus trabalhadores parados e ociosos, exigindo muitas vezes que façam jornadas superiores ao disposto em contrato. Isso é um erro? Sim, pois viola um contrato. Porém, isso não é culpa do capitalismo e sim uma consequência da limitada quantidade de empresas capitalistas, da burocracia asfixiante sobre o setor privado, e do excesso de funcionários públicos e gastos com assistencialismo. Como manter o mesmo nível de trabalho com um governo que se apropria indevidamente (sem contar o roubo indireto) da metade dos seus rendimentos e que o impede de crescer usando barreiras burocráticas cada vez mais variadas? A "solução" keynesiana adotada a partir da Grande Depressão foi um dos próprios combustíveis da "escravidão moderna" do excesso de trabalho, quando não do endividamento gigantesco das nações mais desenvolvidas, pois além de gastar/desperdiçar dinheiro retirado do setor privado, alguns teóricos visavam controlar as falhas de mercado. Eles só não imaginavam que as falhas de governo seriam muito mais danosas que as naturais falhas de mercado.

         O maior motor da geração de empregos e da redução real da jornada de trabalho é o crescimento da concorrência e da inovação. Quando a concorrência cresce livremente a partir de novos empreendimentos, cresce também a demanda por trabalho. Quando o governo cria barreiras substanciais ao empreendedorismo e, além disso, alimenta uma máquina pública de trabalhadores ociosos (estes geralmente são os únicos protegidos da escravidão), o resultado é catastrófico: melhorias produtivas deixam de ser desejadas e o que se gera é comodismo.

         É preciso ter em mente que escravidão e trabalho assalariado são coisas distintas. No modo de produção escravista se trabalha para não morrer (ou por obrigação), enquanto que no capitalismo o empréstimo da força de trabalho é uma opção a se tornar um empresário. Na dificuldade de conseguir capital, encontra-se uma empresa diferente para trabalhar ou uma alternativa que exige investimento ínfimo, até mesmo de alguns poucos reais. Quando o Estado torna-se demasiadamente pesado, impedindo a concorrência e a liberdade, não restam muitas opções ao trabalhador: ou torna-se submisso às poucas empresas apadrinhadas pelo próprio Estado ou deverá se contentar com a triste sina em que hoje vivem milhões de brasileiros: o desemprego.

        Portanto, o capitalismo não "escraviza". Ele causa conforto e gera mais comodidade (e não comodismo, como faz o socialismo). O que realmente escraviza é a falta de capitalismo, a falta de inovação, e a subserviência a um governo destrutivo e sem escrúpulos. Enquanto o mito do capitalismo escravizador for preservado, continuaremos em um cabo de guerra desnecessário com o real inimigo da liberdade das pessoas: a mentalidade socialista.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

AJUSTE OU ENXUGAMENTO FISCAL?


    Não há lógica alguma em reclamar da necessidade de ajustes fiscais na economia, apenas da estrutura do ajuste. A crise atual é causada quase exclusivamente pelo excesso de crédito concedido a setores privilegiados e pela falta de poupança. O governo motiva investimentos ruins, os empresários (iludidos) movimentam grande soma de recursos para mão-de-obra e capital, e quando as frustrações daquela oferta monetária artificial batem à porta, só resta às empresas reduzirem os projetos, as construções, os empregos, e as novas inversões. 

      Estamos sim vivendo uma crise de superprodução, mas ela é desencadeada principalmente pela ineficácia pública na concessão de crédito, subsídio e financiamento. Além dessa bolha gerada nos setores "campeões" do BBB do governo, há uma imensa massa reclamando supostos "direitos sociais", setores burocráticos no serviço público gritando por salários bem acima da produtividade, grupos exigindo aumento de impostos (é, existe esse tipo de gente) etc. Sim, a crise também é causada pelas regalias que alguns chamam de "direitos sociais" e valorização (forçada) do salário. Infelizmente a oposição (PSDB, e até algumas vezes o próprio DEM) tenta ganhar a fama de oposição boazinha por esconder a realidade dos olhos do povo, mas tudo o que se tem feito é uma tentativa de enxugamento da máquina pública, não uma monstruosidade sobre direitos do trabalhador.

      A dispersão das bolhas de crédito para outros setores ocorre justamente porque setores como construção civil ficam com todo o "bolo" de recursos que são desviados de outros segmentos mais produtivos (e também do trabalhador) através de impostos e tarifas diversas. Isso termina causando falta de recursos para outros setores, inflação dos preços de produtos escassos (por conta dos produtos que deixaram de ser produzidos por conta da exclusividade dada pelo governo a alguns segmentos nacionais) e redução dos salários reais. Eu sou um ferrenho crítico do PT, mas me enche o saco ver a oposição dizendo "populisticamente" que agora o PT quer acabar com os direitos do trabalhador. Não, os direitos do trabalho já foram destruídos, agora precisamos restaurar o poder de compra e a possibilidade de escolha das pessoas, pois esse sim é um real direito de todos.

terça-feira, 1 de julho de 2014

FALTAM MÉDICOS?

Em grande parte dos países, desde os subdesenvolvidos até os de desenvolvimento estacionário, um dos problemas que mais afligem a população é a escassez de médicos e produtos de saúde. Se, por um lado, o mundo tem conseguido continuamente elevar a expectativa de vida e reduzir a mortalidade infantil, por outro lado, vivemos uma época onde os vícios e os exageros contra o organismo são problemas crescentes. No meio deste cabo-de-guerra encontram-se os governos em aflição por não conseguirem atender a demanda da população por serviços de saúde eficientes e de baixo custo.

Em torno desta escassez relativa, temos países que detém alto nível de médicos e população baixíssima, como Cuba, e outros com população bastante elevada e pouca quantidade de médicos para suprir a população, a exemplo dos EUA. Mas por que os EUA não conseguem elevar a quantidade de médicos?

Além da grande dificuldade para a atuação de médicos estrangeiros no país (burocracia governamental), os EUA são reféns dos dois primeiros critérios do cabo de guerra: redução da mortalidade e aumento da expectativa de vida. Após a década de 50 e a explosão dos Baby Boomers, o aumento populacional tem sido acompanhado de crescimento de profissionais de saúde em número inferior. Enquanto isso, países como Cuba atuam fortemente em formação e exportação de médicos, já que internamente dificilmente ganhariam um salário razoável. Ou seja, tudo parte da análise de oferta e demanda.

Os problemas cubanos são solucionados precocemente com o "genocídio uterino" de crianças através do aborto, restando apenas uma população que cresce a níveis ínfimos, não restando muita preocupação para as entidades médicas locais. O liberalismo em Cuba foi outro fator de grande relevância. Metade dos excelentes médicos cubanos do período pré-ditadura tiveram coragem de permanecer no país após o regime castrista ser imposto e se tornaram professores. A outra metade conseguiu fugir do país antes disso. Com poucos médicos, o país se dedicou a formar profissionais.

O crescente empenho de países desenvolvidos no investimento em setores variados causou uma melhoria intensiva da renda, acompanhada de uma considerável tendência ao consumo exagerado. Ademais a imigração intensiva para tais países, tidos como sonhos de consumo dos menos desenvolvidos agravou ainda mais o problema demográfico, juntamente com a elevação da expectativa dos Baby Boomers. Estratégias sujas de redução da população através de métodos anticoncepcionais e abortivos foram ampliadas, estrangeiros qualificados sendo remanejadas em áreas de atuação que não condiziam com as suas reais habilidades e uma seleção cada vez mais restrita de profissionais tornou a demora pelo certificado de médico uma dificuldade enorme.

O grande problema, contudo, vai além dessa análise de crescimento populacional e importação x exportação de médicos. O Instituto Mises Brasil possui excelentes artigos sobre o tema, que pode ser resumido em um aspecto central: Os EUA estão "emperrados" por conta do estado.

Na década de 50 o governo norte-americano criou uma demanda monstruosa ao propor que empresas que cadastrassem empregados em planos de saúde tivessem redução nos impostos. Além disso, os antecessores do atual Obamacare (que mais parece nome de absorvente) abarcavam uma série de produtos que não poderiam ser cobertos por planos de saúde por motivos lógicos de casos e classes de eventos. Ou seja, é como você ir ao rodízio e pagar R$ 15,00 mesmo sabendo que seu amigo irá comer muito mais pedaços que você, enquanto você apenas 2 ou três. O rodízio custa R$15,00 não por conta de seu gasto efetivado, mas por conta de serviços e despesas extras, como a fome de gordo do seu amigo. Além disso, a imposição estatal ainda coloca doenças como câncer e parkinson na lista, encarecendo imensamente o valor dos planos de saúde. Essa desproporcionalidade encarece, por conseguinte, os preços de consultas particulares, já que a demanda por médicos é maior e não se formam milhares de médicos bons da noite para o dia.

O resultado final é um sistema de saúde com médicos de ponta, mas com uma demanda gigante. A saúde não é um dever, é um bem, e como todo bem, seu preço não pode ser regulado artificialmente sem incorrer em perdas catastróficas no médio prazo. A medicina preventiva tem sido uma saída improvisada e importante de vários países. No Brasil infelizmente tem sido aleijada pela intervenção do estado. As marcações de consulta demoram de meses a anos e o paciente precisa voltar várias vezes ao médico para conseguir curar uma simples inflação na garganta. Estamos sem médicos para todo mundo, mas nem todo mundo precisa de médico... a procura só é imensa porque alguns intelectuais acham que a saúde é de graça. Antes de encerrar, gostaria de citar uma frase brilhante do DiLorenzo: "O fracasso em educar crianças faz com que o governo despeje mais dinheiro nas escolas públicas. O fracasso em reduzir a pobreza leva a maiores orçamentos para as burocracias assistencialistas. Isso certamente acontece também com a medicina socialista."

Como melhorar a saúde? Conheçam mais a Escola Austríaca:

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=105

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

RECURSOS NATURAIS OU RECURSOS ELEITOREIROS?





O Brasil tem sido a "galinha dos ovos de ouro" no exterior e a "galinha da igualdade" por certas entidades do país. Muitos partidários defendem que isso é reflexo das medidas políticas adotadas por nossos últimos presidentes. Mas será mesmo? Será que todo esse crescimento não é reflexo de uma intensificação especulativa e exploratória dos recursos, tais como as descobertas recentes de ouro e prata na Amazônia e do petróleo nas zonas de pré-sal? Qual o segredo do nosso aparente sucesso econômico, tendo em vista que somos um dos países mais corruptos do mundo?

Somos a galinha dos ovos de ouro, não porque botamos ovos, mas porque já temos os tais ovos de ouro em nosso subsolo. A exploração dos recursos naturais é a forma mais fácil de crescer, e isto é uma lição que tiramos desde os tempos remotos da invasão econômica portuguesa. A forma de exploração tem mudado de face, somos a "menina dos olhos" dos especuladores, que minam não mais as nossas Minas, mas nossas Amazônias, nossos Matos e nossos mares. Pior seria se o governo se fechasse em não querer os investimentos privados, mas isso já é outra história...

Somos, indubitavelmente, o país com maior disponibilidade de recursos naturais do planeta, mas praticamente só crescemos por conta disso. Segundo relatório do UNU-IHDP para o Rio+20, o crescimento real da economia brasileira - de 1990 até 2008 - foi de apenas 3%, considerando todos os fatores sociais, ecológicos e econômicos. O PIB cresceu 34%, mas o capital natural caiu 46%. No mesmo relatório, a Índia aparece com crescimento de 120% e perda de 31% do capital natural! Ainda é possível analisar que o Brasil reduziu mais os recursos naturais per capita que países como EUA e China.

Podemos concluir que o Brasil continua uma mera economia exploratória de recursos naturais?

Além dos consideráveis problemas estruturais e institucionais, continuamos abastecendo a "metrópole" internacional de commodities (minério de ferro, petróleo bruto etc.), e recebendo produtos mais elaboradoras (combustíveis, automóveis etc.). Inclusive, como apresentado pelo Estadão recentemente, voltamos a apresentar déficit na balança comercial agora ao final de janeiro, na ordem de R$ 2 bilhões. Ou seja, nem as commodities e a desvalorização cambial estão dando conta do recado.

Um relatório de 2012, publicado pelo Ipea, demonstra de forma bem ampla os danos causados por essa massiva participação de setores intensivos em recursos naturais para a economia, embora tente puxar a sardinha para o lado da distribuição espacial (o que parece coisa de cepalino.). Ao meu ver, a distribuição da produção não tem grande importância se comparada com a mudança na forma de desenvolver, atuando mais em setores intensivos em capital e trabalho. Esta seria a minha proposta, além de educar a população (preferencialmente educação técnica), reduzir gastos excessivos e aprender a não usar recursos naturais para propagar política partidária. Não precisamos crescer muito para mostrar que somos bons, precisamos crescer de forma organizada.

O que é inegável, contudo, é que o fim do monopólio estatal de setores estratégicos, como petróleo e minério, foi estimulante para o crescimento. Isto é usado a favor do governo em seus discursos, não em favor do próprio setor privado. Ora, a Petrobrás tem sido uma grande empresa graças à abertura de capital, e não o contrário. Infelizmente o interesse político tem "estado" competindo em cabo-de-guerra com os interesses produtivos da empresa. Ora, é um absurdo econômico não elevar o preço de um bem quando este é escasso, e recursos naturais são essencialmente escassos. Talvez o crescimento não fosse nem de míseros 3% caso algumas atividades de exploração de recursos naturais não tivessem sido privatizadas/concedidas. Em outras palavras, precisamos abandonar o "modo de produção novo-mercantilista" e adotar realmente o modo de produção capitalista.

Obs.: Todo esse discurso sobre desgaste dos recursos naturais não me coloca como um "ecofascista". Defendo, entre outras coisas, a construção da usina de Belo Monte e a educação de índios.