quinta-feira, 13 de outubro de 2011

POBREZA VOLUNTÁRIA OU POBREZA INVOLUNTÁRIA?

Um debate que talvez merecesse maior atenção para as autoridades desenvolvimentistas devesse ser acerca do tipo de pobreza que deve ser realmente combatido. Claro que o governo e sua atuação tem grande influência no nível de pobreza de uma sociedade. Porém, o que deve ser debatido é o porquê de grande parte da população se sentir "desmotivada" a produzir e gerar novos produtos, novas tecnologias e claro, aumentar a produção do que já produzimos? Talvez a educação no país tem atuado ineficientemente, mas também os programas de transferências do governo apresentam gestão bastante falha, visto que a pobreza tende a ser mantida. Não digo dos casos em que os incentivos são para os que se matriculam, por exemplo, em escolas técnicas, como o governo da Paraíba pretende fazer. Digo sim, dos incentivos que tornam maior a ociosidade da população. Evidentemente, a busca pelo bem-estar social é o grande trunfo do governo, porisso mesmo a sociedade não deve se acomodar. Muitas pessoas foram imensamente beneficiadas pelas tranferências do governo, muitas crianças deixaram de morrer de fome e muitas mães puderam dormir sem se preocupar com o alimento do dia seguinte. Isso é maravilhoso. Mas o que falar da população pobre, mas que é pobre, mesmo tendo condições de não ser, e não corre atrás? Há uma pobreza estrutural e uma involuntária no país. Portanto, uma grande parcela da populaçção que reclama de sua pobreza convive muito bem com ela, a ponto de não buscar uma solução e sim esperar que o governo mande mais peixes e menos varas de pescar. Por fim, há uma população pobre refém de uma população pobre marginalizada e destituída de ideais. Desse modo, uma das poucos soluções viáveis seria a melhoria do ensino sociológico e motivacional, visto que a ausência de oportunidades é fruto da própria ausência de busca por melhores condições, muitas vezes, esquecida até mesmo pelo poder político prevalecente.